quinta-feira, 22 de março de 2012

Evolução - “É só uma teoria”



Há pouco tempo circulava pela internet este vídeo, no qual ouvimos perguntar às 51 candidatas a Miss EUA se a Teoria da Evolução deveria ser ensina nas escolas. Só a pergunta daria já um longo debate mas o que realmente impressiona é que apenas uma respondeu afirmativamente, descrevendo-se como uma “aficionada da ciência” (science geek, no original). Muitas outras rebateram essa possibilidade com o argumento de que a evolução “é apenas uma teoria”.

De facto, a evolução é uma teoria. Mas é uma teoria científica. E a diferença entre uma teoria “senso comum” e uma teoria científica faz toda a diferença. Enquanto a primeira se define como sendo um palpite ou uma suposição, uma teoria científica é uma explicação que se baseia em resultados robustos, credíveis e repetíveis. Uma teoria científica permite-nos compreender melhor um determinado facto. E uma teoria científica é refutável, fornece hipóteses que podem ser testadas.

Que os seres vivos são diferentes uns dos outros é um facto, que uns são mais parecidos entre si do que com outros, permitindo-nos criar grupos a que chamamos espécies, género ou reino, é um facto, que a cada nova geração se alteram as características dentro de uma espécie ou população também é um facto. E a evolução pode ser simplesmente definida assim, como essa alteração que se dá no património genético dos seres vivos ao longo das gerações. E portanto a evolução é um facto. A Teoria da Evolução é o conjunto do conhecimento que se foi reunindo ao longo dos anos, baseado em resultados comprováveis, e que nos ajuda a compreender melhor os mecanismos que provocam essa alteração. E, como qualquer outra teoria científica, não é “só” uma teoria; é o produto de mais de 150 anos de investigação.

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